Rolando Christian Coelho | 04/07/2023 | Bolsonaro diz que está na UTI, mas não morreu

Em entrevista à imprensa de São Paulo, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que foi tornado inelegível por oito anos na semana passada, pelo Tribunal Superior Eleitoral, disse que está na UTI, mas que não morreu. A afirmação tem duas interpretações: a primeira dando conta de que Bolsonaro ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal para reverter sua situação, e a segunda dando conta que ele pode atuar como um cabo eleitoral de primeira linha na eleição presidencial de 2026.

Instigado a falar sobre o próximo pleito ao Palácio do Planalto, o ex-presidente tentou tangenciar, mas ressaltou que tanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), quanto o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), são candidatos naturais da direita em um processo eleitoral federal.

A ação movida pelo PDT que tornou Bolsonaro inelegível tende a fortalecer a direita no país, na medida em que vários pré-candidatos acabarão surgindo, buscando herdar o espólio bolsonarista. Neste sentido, além de figuras como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, também deverão começar a aparecer vários outros políticos imbuídos do desejo de dar continuidade do projeto bolsonarista, a exemplo do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e da senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PP). Vale ressaltar que o leque será muito mais ampliado, e contemplará nomes como o do deputado federal por São Paulo, Ricardo Salles (PL), e o da própria esposa de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro (PL).

A retórica em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro a partir de agora não deverá ser muito diferente daquela que foi construída pelo PT, e pela esquerda de um modo geral, em torno da prisão do então ex-presidente Lula da Silva (PT). Vitimizado, Lula reaglutinou a esquerda em torno de si, mesmo depois de todos os escândalos da Lava Jato, e acabou voltando ao comando do Palácio do Planalto. O roteiro já está escrito e só precisa ser copiado. Dificilmente Bolsonaro conseguirá ficar elegível para 2026, mas o que não faltará é alguém que esteja apto a sucedê-lo em uma nova onda bolsonarista.

 

Finais

Grupo político que dá sustentação a administração do prefeito de Araranguá, César Antônio Cesa (MDB), e de seu vice, Tano Costa (PSD), considera primordial que a dupla seja mantida para a disputa eleitoral do ano que vem. A candidatura de César é tida como natural, ainda que ele não tenha assumido qualquer compromisso de disputar a reeleição. Afora isto, no entanto, os partidos e lideranças que estão irmanados a este provável projeto também acreditam que a manutenção de Tano como candidato a vice seja fundamental para se dar sequência ao projeto. Ambos mantêm plena sintonia entre si, e também em relação ao grande grupo que os apoio, o que acaba justificando este senso comum da manutenção na unidade.

Ex-vereador sombriense Volneci Moraes Baltazar, o Sí, que atualmente é funcionário público municipal, deverá ser o futuro comandante do Republicanos no município. Juntamente com o coordenador regional do partido, Marco Antônio Mota, o Motinha, o ex-vereador tem garimpado lideranças em Sombrio para o fortalecimento do partido, com vistas a disputa do pleito eleitoral do ano que vem. Por sua parte, Sí pretende disputar novamente a Câmara Municipal de Vereadores. Em nível estadual o Republicanos é comandado pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva, que não esconde o desejo de voltar ao cenário político eleitoral em 2026. Para isto, no entanto, quer fortalecer o partido a partir da eleição municipal de 2024.

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