Na semana que vem, Décio Lima, candidato ao Governo do Estado pelo PT de Santa Catarina, ano passado, deverá assumir o comando do Sebrae Nacional. A indicação se soma a já nomeação do ex-ministro da Pesca, José Fritsch (PT), para a Coordenadoria Geral do Desenvolvimento Agrário catarinense, órgão que representa o Ministério da Agricultura no Estado.
Décio e Fritsch são os dois principais nomes do PT catarinense na atualidade. O primeiro, como já referenciado, concorreu ao governo, e o segundo foi candidato a suplente de senador na chapa encabeçada por Dário Berger (PSB) no pleito de 2022. Suas ascensões criam referenciais dentro do PT para o pleito municipal do ano que vem, ocasião em que o partido precisará ter para quem apontar em nível estadual na busca de uma ligação.
A maior ligação, sem dúvidas, será com o governo Lula da Silva (PT), mas, especialmente nos municípios de menor envergadura, esta correlação com o Palácio do Planalto fica muito vazia. Ter alguém próximo ligado ao setor empresarial, como será o caso de Décio, ou ao setor agrícola, como será o caso de Fritsch, acaba trazendo bem mais resultados práticos na hora do embate com o eleitor, especialmente com o formador de opinião, ligado diretamente ao chamado setor produtivo.
O fato é que aos poucos o PT catarinense começar a se posicionar no mercado eleitoral. Passada a etapa da confirmação das indicações, será a hora de se trabalhar as candidaturas a prefeitos, vices e vereadores por todo o Estado, de modo a criar capilaridade eleitoral para a legenda, especialmente para a eleição presidencial de 2026. Isto passa, necessariamente, pelo lançamento da maior quantidade de candidatos possível no pleito de 2024.]
Finais
Natural de Timbé do Sul, a ex-prefeita de São José, na Grande Florianópolis, Adeliana Dal Pont, deixou o PSD e abriu conversações com o PL e com o MDB para sua futura filiação. Adeliana foi duas vezes prefeita de São José, apoiando, na eleição de 2020, seu correligionário, Orvino Coelho Dávila (PSD). No ano passado, no entanto, mesmo com ela concorrendo à Assembleia Legislativa, Orvino preferiu apoiar Júlio Garcia (PSD) ao parlamento estadual. A partir de então os dois se distanciaram. Para o ano que vem, já está anunciada uma disputa municipal em São José entre Adeliana e Orvino, além de algum outro candidato bancado por uma frente de esquerda. Ainda que o PL seja mais atrativo, por conta da filiação do governador Jorginho Mello, a ex-prefeita nunca escondeu o desejo de disputar a majoritária estadual. Neste caso, o MDB tem mais portas abertas.
E na onda das federações, quem também está prospectando a formação de uma é o PSB, em conjunto com o PDT e o Solidariedade. A ideia da cúpula nacional das três siglas é fazer com que esta coalização seja formada ainda no primeiro semestre deste ano. Vale lembrar que já está em vigência no país a federação entre PT, PV e PCdoB, entre Rede e Psol e entre PSDB e Cidadania. Esta última deverá receber o ingresso de MDB e Podemos. A possível nova unidade entre PSB, PDT e Solidariedade deverá ter poucos reflexos práticos em Santa Catarina. Especialmente PSB e PDT só não fecharam aliança ano passado no Estado por conta da candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência, enquanto o PSB já havia indicado Geraldo Alckmin para concorrer como vice de Lula da Silva (PT). Na prática, estão todos em casa.