Ida do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), para o PSD ou para o Progressistas, não deverá desencadear debandada em massa de tucanos para o seu destino de filiação. Em nossa região, o PSDB está dividido em múltiplas frentes. Em alguns municípios a aliança é com o PSD, em outros com o Progressistas, em outros ainda com os dois e, por fim, há também alianças com o MDB. Aqui na Amesc, o PSDB tem dois prefeitos: Kekinha dos Santos, em Balneário Gaivota, e Almides da Rosa, em Santa Rosa do Sul. Em Gaivota, tanto o PSD quanto o Progressistas são adversários da administração municipal. Em Santa Rosa, o PSD é adversário e o Progressistas, que era adversário, atualmente tem parte da legenda dentro do governo.
Há municípios, no entanto, em que PSDB, PDS e Progressistas estão juntos e misturados, como é o caso de Praia Grande e Maracajá. Nestas situações não seria estranho uma filiação em massa de líderes tucanos no partido que for o destino de filiação de Salvaro, que a cada dia que passa se mostra mais próximo do PSD.
Grosso modo, o que se percebe é que onde o PSDB tem aliança com o MDB, os filiados do partido deverão permanecer na legenda, independentemente da saída de Clésio Salvaro do ninho tucano. Por sua vez, onde o PSDB tem aliança com PSD e Progressistas, a tendência é que a agremiação tucana se esvazie, havendo, neste caso, uma acentuada migração para a legenda em que Salvaro vier a se filiar.
Em princípio, a decisão do prefeito criciumense de sair do partido em que está filiado há 20 anos já está tomada. A grande questão é saber quando isto será oficializado. As apostas dão conta de que a saída e nova filiação deva acontecer no segundo semestre deste ano, de modo a dar a Salvaro a oportunidade de participar das discussões voltadas às eleições de 2024, dentro de sua nova legenda, o quanto antes possível.
Muito se tem questionado sobre a permanência da deputada federal Geovânia de Sá no PSDB, já que ela é do grupo político de Clésio Salvaro. Todavia, convém ressaltar que Geovânia é parlamentar, e, ao contrário de quem exerce cargo executivo, ela não pode se desfiliar de seu partido de origem a qualquer tempo, sob pena de perda de mandado. Sua saída deliberada, que é improvável, só poderia se dar quando a abertura de janelas de transferência partidária, ou no caso de fusão do PSDB com outra legenda.
Finais
Família Bolsonaro pode vir com carga total em 2026, disputando o Senado Federal. O senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, concorrerá fatalmente à reeleição no próximo pleito federal. Seu irmão, o deputado federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, é cotado para disputar o Senado em 2026. Por sua vez, a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, Michele Bolsonaro, madrasta de Flávio e Eduardo, é cotada para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal. De quebra, o próprio ex-presidente já deixou a entender que poderá disputar o Senado, ao invés do Palácio do Planalto. Como Rio de Janeiro, São Paulo e DF já teriam representantes da família, Bolsonaro poderia vir para Santa Catarina para ser candidato à Câmara Alta do Congresso Nacional.
Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Araranguá, Luciano Pires (Podemos), começou, na semana passada, uma série de visitas às demais Câmaras de Vereadores de nossa região. O objetivo é o de angariar apoio dos vereadores de toda a Amesc para o lançamento de um grande movimento em prol da fixação da barra do rio Araranguá. De acordo com Luciano, ainda que a barra esteja em território araranguaense, sua fixação irá beneficiar toda a região. “Trata-se de uma obra de infraestrutura regional, que trará benefícios econômicos e sociais em nível regional. Justamente por conta disto é que que fundamental o empenho de todos os municípios”, comenta o presidente, que está sendo acompanhando nas visitas ao demais legislativos pelo vereador Samuca Nunes (PSD).