Ocorreu na terça-feira, dia 20, em Florianópolis uma manifestação de policiais civis e penais, agentes socioeducativos e servidores do IGP, o Instituto Geral de Perícias, incluindo servidores de municípios do Extremo Sul, que foram até a capital protestar. No período da tarde, o trânsito ficou trancado no local por cerca de meia-hora, no local da manifestação.
Os policiais fecharam a passagem nas Pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Machado Salles, os dois principais acessos a Florianópolis. O protesto ocorreu em razão da Reforma da Previdência, encaminhada pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa e que deve ser votada no início de agosto.
O delegado, coordenador da DIC, a Divisão de Investigação Criminal, de Araranguá, Jair Pereira Duarte, salienta que a classe é a favor da reforma, porém são necessárias mudanças no projeto encaminhado à Alesc. “Teremos um enfraquecimento na parte investigativa da Polícia Civil e um prejuízo para os agentes penitenciários. O projeto que o governador encaminhou, diz que nós teremos que trabalhar até os 65 anos. A expectativa de um agente penitenciário é de 45 anos, sendo que em 2021, foram 15 mortos e não por Covid-19”, destacou.
Segundo o delegado Jair, a Reforma como está, divide a Segurança Pública. Ele esclarece que a classe não pleiteia aumento salarial e o objetivo dos policiais civis é a igualdade com a Polícia Militar. “O governador separou a segurança pública de uma forma muito diferenciada. Não tirou nenhum direito da Polícia Militar e está tirando muito das outras e isso vai afetar diretamente a população”, ponderou.
“Nós temos um superávit de R$ 85 milhões mensais na Previdência. A Polícia Civil, a Polícia Penal, o IGP e os agentes do Dease não dão prejuízo para a Previdência, dão lucro, nós pagamos muito além do que é pago para os aposentados”, afirmou o delegado.