Rolando Christian Coelho, 31/01/2022
Neutralidade é mais um erro de Carlos Moisés
Governador Carlos Moisés da Silva, que está sem filiação, diz que vai apostar em “um partido neutro” para disputar a reeleição este ano. A referida legenda, em princípio, seria o Avante. A intenção de migrar para um partido neutro, por óbvio, objetiva possibilitar a vinda das mais diversas legendas para seu entorno, tanto no primeiro, quanto num eventual segundo turno, na disputa pelo governo catarinense.
O governador também sonha em ter uma grande legenda o apoiando já na primeira etapa da eleição. Neste sentido, foca no MDB como um possível vice a sua candidatura.
O governador comete dois erros bastante crassos. O primeiro deles é ir para um partido neutro, que, via de regra, não tem base eleitoral.
Nenhuma legenda neutra tem base, simplesmente porque ela não existe de fato. Até existe direito, mas de fato não. O Avante é um partido que não existe em Santa Catarina. Está registrado, etc, e tal, mas é apenas uma figura decorativa em meio a um mar infestado por tubarões. Como consequência, Carlos Moisés não terá torcida para apoiá-lo na arrancada da campanha, e, tampouco, durante a campanha propriamente dita.
As apostas, portanto, ficam por conta da vinda de algum grande para apoiá-lo, o que não acontecerá. Os grandes estão enrolando o governador. Estão meramente próximo a ele por conta dos recursos que o governo tem destinado para as prefeituras. Na hora do vamos ver, os grandes lançarão seus candidatos ao governo, e Carlos Moisés ficará a deriva.
O MDB é um belo exemplo disto. Se o partido de fato quisesse estar com o governador, já o receberia de braços abertos neste momento. Não fez e nem fará isto. Os únicos líderes do MDB que querem Carlos Moisés estão no Sul do Estado. Nas demais regiões todos estão focados em uma candidatura autoral do partido.
O problema do governador é que ele não quer arriscar, indo para uma grande legenda e tentando composições. Quer se manter casto, diante de um verdadeiro randevù que é a política.
Hang quer ir ao Senado, mas sem candidato ao governo
Empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, já não esconde seu desejo de disputar o Senado Federal. No entanto, ele tem confidenciado que não pretende estar atrelado a nenhum candidato ao Governo do Estado, o que, de certo modo, frustra as pretensões do senador Jorginho Mello (PL), que conta como certa a ida de Hang para seu partido, para disputar a Câmara Alta neste ano. Candidato ao governo, Jorginho tem se esforçado para convencer Luciano a mudar sua posição, embarcando em uma ampla frente bolsonarista em Santa Catarina.
Boeira diz que não será obstáculo para a Frente Democrática
Ex-deputado federal Jorge Boeira (PSB) tem dito que é meramente um nome, dentre outros, dentro da Frente Democrática composta em Santa Catarina, com vistas à disputa pelo Governo do Estado. A Frente reúne um rosário de partidos de esquerda e centro-esquerda, que busca construir um projeto majoritário, pautado, principalmente, na aposta em um nome sem grandes desgastes junto a sociedade para disputar o governo.
Neste sentido, nomes vindos do PT, por exemplo, são vistos com ressalva. Boeira, no entanto, diz que não será obstáculo para a manutenção da unidade da Frente. Em linhas gerais, está dizendo que se for ele o escolhido para disputar o governo, tudo bem. Se não for, tudo bem também.
Jonatã Coelho fecha com Esmeraldino, mas descarta Assembleia
Vice-prefeito de Balneário Gaivota, Jonatã Coelho, lembrado em nossa região para disputar a Assembleia Legislativa pelo partido que receber a filiação do governador Carlos Moisés da Silva, diz que está amadurecendo a ideia, mas que é provável que não dispute o pleito deste ano.
De todo modo, Jonatã já disse que apoiará, de forma incondicional, a candidatura de Lucas Esmeraldino à Câmara Federal. Luca foi candidato ao Senado em 2018, e é considerado o articulador da campanha que elegeu Carlos Moisés ao governo. A pressão para que ele assuma uma candidatura ao parlamento estadual, no entanto, é grande.
Corte de obras na 101, em Araranguá, são uma lástima para a região
Corte de R$ 20 milhões feitos pelo Governo Federal, para obras de revitalização da BR 101, em Araranguá, constitui em uma verdadeira lástima para o município, como também para nossa região. Os recursos seriam utilizados para dar uma nova vida ao trecho não duplicado da 101, na Cidade das Avenidas.
Desde que foi feita a opção pelo contorno da 101, através de um elevado, se discute a necessidade dos investimentos no trecho não duplicado, que tem pouco mais de 6 quilômetros de extensão. Tudo se encaminhava para a liberação dos recursos, para que o Ministério da Infraestrutura pudesse viabilizar a revitalização do trecho em que
