Sustentabilidade é a nova linguagem dos negócios no mundo. Também é a chave para conquistar mercado de alimentos na Europa, informa o presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, que participa de missão comercial à Sial Paris 2022, a maior feira de alimentos e bebidas do mundo. Entre os 100 empresários brasileiros mobilizados pela Confederação Nacional da Indústria em parceria com Sebrae, estão na França profissionais do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, de Chapecó, que atende empresas de 12 países, inclusive indústrias que expõem na Sial.
“É uma feira que recebe expositores e compradores do mundo todo. O Brasil está muito bem representado, notadamente, na área de proteína animal, mas também há mercados que podemos participar, como os de produtos de base natural, orgânicos e produtos que atendam consumidores com restrições alimentares. Esta é uma demanda muito forte na Europa e uma tendência global. Empresas que atuarem nesses ramos terão grandes oportunidades no mercado internacional”, explica Aguiar.
O industrial visitou estandes de empresas com operação em Santa Catarina como
Pamplona, Fricasa/Pif Paf Alimentos, Villa Germânia, AuroraCoop, JBS e BRF e chamou atenção para evolução e oportunidades no segmento de embalagens. Também orientadas pela questão ambiental que exige logística reversa de produtos no pós-consumo.
Para concorrer no mercado europeu de alimentos e bebidas, explicou o analista de mercados da VSV Euroglobal Ernani Augusto Ferreira Vidor, é preciso avançar no conceito farm to fork, algo como da fazenda ao garfo, que engloba metas e ações sustentáveis ao agro. É o conceito slow food, de alimentos bons, limpos e justos influenciando a cadeia global. “As empresas têm que ser sustentáveis, ecologicamente corretas e prezar pelo bem-estar humano. Há uma crescente mundial no consumo de produtos naturais e de ingredientes mais saudáveis, principalmente após a pandemia. Mesmo com a rotina quase que normalizada, a tendência se manteve forte”, apontou o especialista. Também a tendência free from, de alimentos livres de ingredientes como glúten, açúcar, lactose e de organismos geneticamente modificados, interessa ao mercado europeu.
A missão, que termina nesta quarta, pode render mais de R$ 200 milhões em exportações no próximo ano, estima a Fiesc. A produção global de alimentos, de acordo com a ONU e FAO, deve aumentar entre 61% e 71% nos próximos 30 anos para atender 10 bilhões de habitantes esperados até 2050. Mesmo com a taxa de natalidade em baixa, este ano a população do planeta vai chegar a 8 bilhões.
Por toda SC
A campanha do PL ao governo do Estado sustenta que finalmente conseguiu unir o MDB. Se no primeiro turno a sigla estava dividida sobre apoio ao governador Carlos Moisés, agora o MDB é Jorginho Mello por toda Santa Catarina. Pelo menos é o que foi dito em evento suprapartidário esta semana em Joinville. “Jorginho, o 15 agora é 22. Estamos juntos para o bem de Santa Catarina. Foi com Luiz Henrique que aprendi e é a quem devo muito. Por isso, Jorginho, chegou a hora de retribuirmos. É 22 em Santa Catarina e 22 para presidente”, discursou Fernando Krelling, deputado estadual reeleito pelo MDB. Ele foi o último a concordar com a bancada a apoiar Moisés quando Udo Döhler foi escolhido candidato a vice. A política tem lá seus caprichos: com a vitória de Jorginho, a suplente e senadora em exercício Ivete Appel da Silveira herda quatro anos de mandato.
Também compareceram ao ato de apoio os prefeitos Adriano Silva (Novo), de Joinville, Eliseu Mibach (Psdb), de Porto União, Douglas Elias da Costa (PL), de Barra Velha, Godofredo Gomes Moreira Filho (MDB), de São Francisco do Sul, Marlon Neuber (PL), de Itapoá, Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá, Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba, e Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim. Mais 18 vereadores de Joinville. Todos assinaram carta de apoio pela livre iniciativa, liberdades individuais e direito das famílias.
Vira voto
Lula havia escolhido Joinville para o ato “vira voto” em Santa Catarina esta semana. Mas a logística de campanha, que exige atenção do candidato a grandes colégios eleitorais como São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, cancelou sem previsão de nova data. Na maior cidade do Estado, Lula fez apenas 21% dos votos no primeiro turno. Foi o pior resultado entre as 11 cidades com mais de 100 mil habitantes. No Estado, Lula raspou os 30% e, pelas primeiras pesquisas no segundo turno, o candidato ao governo Décio Lima já teria ultrapassado esse percentual, mais do que dobrando seu desempenho. O petista chegou ao segundo turno com 17% dos votos.
Produção e edição
Adriana Baldissarelli (MTb 6153) para APJ/SC e ADI/SC, com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com