As eleições deste ano lembram aquela de 2002. Não corra! É pelo potencial de descolamento do voto entre presidente e governador. Naquela em que Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu pela primeira vez, o então candidato a governador, também eleito pela primeira vez, Luiz Henrique da Silveira, começou apoiando Serra e terminou nos braços do PT. O candidato catarinense mudou de palanque para seguir o eleitor.
Dessa vez, numa eleição polarizada e antagônica, parece que o ódio será o principal conselheiro na escolha para presidente. O eleitor vai votar contra o candidato que rejeita, mais do que a favor do escolhido. É possível que nem consiga identificar um voto correspondente para governador.
Em cenário de partidos divididos e pré-candidatos reticentes, fora da nuvem partidária, a boa e velha lógica da opinião pública tende a combinar avaliação de governo, identidade e lembrança do candidato, se ele é a favor ou contra o atual governo.
Aí, mais uma semelhança com 2002. Lá como cá, a eleição para presidente tende a ser oposicionista, de mudança. Lula venceu Serra, então candidato à sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Para governador, a tendência é de situação, pela aprovação acima de 50% do pré-candidato à reeleição Carlos Moisés e sua administração municipalista que economiza R$ 645 milhões ao ano com corte de custos e revisão de contratos.
Agora, corra!, porque é preciso lembrar que, naquela, Esperidião Amin teria uma reeleição fácil e perdeu para LHS. Essa é a beleza da democracia: o jogo só acaba quando termina. Esse, nem começou e será bem curto, apenas 45 dias.
Ajuda humanitária
Senador Jorginho Mello (PL) voltou de negociação com a seguradora Tokyo Marine, em Londres, com US$ 10 milhões a mais no Fundo Humanitário para as 71 famílias das vítimas da tragédia da Chapecoense, ocorrida há seis anos. Novas rodadas estão previstas para ampliar o valor dos que já receberam e para elevar a quase R$ 2 milhões o valor às famílias que ainda não foram indenizadas. O senador é presidente da CPI da Chape e viajou às próprias custas.
Malha viária
Deputado Valdir Cobalchini (MDB), que percorre mais de 2 mil quilômetros por semana pelo Estado, fez questão de acompanhar na Fiesc apresentação do relatório do consultor Ricardo Saporiti sobre os 878 quilômetros em 22 rodovias estaduais, onde trafegam 1,1 mil carretas por dia. A pior situação é na SC-305, trecho de São Lourenço do Oeste até a localidade de Presidente Juscelino. “Infraestrutura é segurança e desenvolvimento”, destacou, lembrando que além dos R$ 3 bilhões que serão aplicados na manutenção da malha estadual até o final deste ano, o Estado está investindo R$ 465 milhões para acelerar as obras nas BRs 470, 280 e 163 e para concluir a BR-285.
Patrocínio tecnológico
Crea-SC disponibiliza R$ 1 milhão para patrocínio de projetos que promovam inovação, atualização e geração de conhecimento da Engenharia, Agronomia e Geociências. O segundo edital deste ano está aberto até 22 de julho e as inscrições são gratuitas. Podem participar, com até três projetos cada, entidades de classe e instituições de ensino superior cadastradas na entidade e pessoas jurídicas de direito público e privado. O valor será compartilhado em 68 cotas que variam de R$ 10 mil a R$ 40 mil.
(TEXTO EM ITÁLICO, PORQUE É PRATICAMENTE EM PRIMEIRA PESSOA. Exceção hoje, já que é a coluna do retorno)
EM CASA Voltar a editar a coluna Pelo Estado é como estar de novo em casa. O retorno sempre tem memória, gratidões e novas chances. Lembranças aos jornalistas Fernando Bond, Chico Alves, Andrea Leonora e Ewaldo Willerding. Os dois primeiros pelo suporte lá no início, os dois últimos por terem seguido o trabalho. Gratidão ao empreendedor Adriano Kalil, sócio-proprietário da Central de Comunicação, por sempre investir em jornalismo. No papel ou nas telas. À diretora executiva da ADI/SC, Cláudia Carpes, por abrir a porta e ser ótima companhia para a nova temporada junto com o designer Paulo Dornelles. As novas chances serão construídas todo dia com a colaboração das redações e expressões da mídia regional e dos queridos colegas jornalistas que, tão profissionalmente, se ocupam das assessorias de comunicação, das vozes institucionalizadas de Santa Catarina. Às ordens aqui!