Durante cerimonial de inauguração da nova sede do Corpo de Bombeiros Militar de Sombrio, governador Jorginho Mello (PL) anunciou que Estado assumirá empréstimo no valor de R$ 1,3 bilhão para investimos na recuperação das rodovias estaduais, que, de acordo com ele, estão em um estado lastimável. Fica a gigante expectativa de que o Governo do Estado volte seus olhos para a rodovia José Tiscoski, que liga Balneário Gaivota a Jacinto Machado, cuja pista, especialmente entre Sombrio e Jacinto, está em um estado bem para lá de lastimável.
Não adianta mais falar em operação tapa-buraco no que diz respeito a José Tiscoski, mesmo porque em alguns trechos há mais buracos do que pista. Entra governo e sai governo é a história é sempre a mesma, dando conta de que a solução do problema já está encaminhada. Todavia, não está encaminhada coisa alguma, tanto é que a pista da aludida rodovia a cada dia que passa está pior.
Através deste caso da rodovia José Tiscoski, percebemos nitidamente que Santa Catarina precisa urgentemente de uma política de Estado para gerir seu setor viário. A desculpa é sempre a mesma, dando conta da falta de recursos. Todavia, a falta de recursos nada mais é do que a ausência de planejamento, justamente porque não há uma política estadual para o setor. Os governos se sucedem, e, sem um plano estratégico a seguir, simplesmente ignoram temas tão relevantes, como é o caso da urgente recuperação da José Tiscoski.
A maior prova de que o setor viário catarinense está entregue a caprichos de governantes, e não ao Estado enquanto instituição, está na própria José Tiscoski, que ganhou uma ciclovia no trecho que pertence a Balneário Gaivota, mas com tal ciclovia não tendo sequência no trecho que pertence a Sombrio! Nitidamente uma retaliação política boba, desnecessária, infantil, da ex-gestão estadual, mas que acaba explicando porque o sistema viário catarinense é extremamente deficitário. É que ele parece que não está sob a responsabilidade dos governos, e sim dos governantes, que costumam agir conforme o humor do mercado eleitoral.
Finais
Cotado para ser novamente candidato ao comando da Prefeitura de Passo de Torres, ex-prefeito Jonas Souza (MDB), que é assessor parlamentar do deputado estadual Tiago Zilli (MDB), diz que está à disposição do partido, mas ressalta outros nomes disponíveis também. Jonas acredita, no entanto, que antes da discussão dos nomes é preciso primeiro definir quais partidos estarão neste grupo de oposição ao prefeito Valmir Rodrigues (PP). De acordo com o ex-prefeito, é bem provável que o MDB encabece a majoritária oposicionista, em uma aliança que pode contar com PDT, PT e PSDB. Em princípio, conforme ele, passada esta fase, os pré-candidatos naturais do MDB a prefeito são os vereadores Renan Baltazar e Emerson Cardoso, o Fom. “Também posso me dispor, mas as preferencias são do Renan e do Fom”, comenta Jonas.
Senador Esperidião Amin (PP) entrou em campo para tentar demover o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), da intenção de se filiar ao PSD. A decisão de Salvaro de ir para o partido do deputado estadual Júlio Garcia (PSD) já teria sido tomada, faltando apenas bater o martelo na presença do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Todavia, Amin quer reverter a situação. Os argumentos do líder progressista são fortes. Dentre outros fatores, Amin ressalta que no PSD Clésio Salvaro terá que disputar espaço com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, caso queira concorrer a majoritária estadual em 2026. Já no Progressistas o caminho estaria totalmente livre. Uma possível rejeição do deputado federal Ricardo Guidi (PSD) ao nome de Salvaro no PSD também é explorada. A decisão de Salvaro deve ser anunciada até o final de maio.