Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio escolheu ontem à noite seu novo presidente. Depois de muita conversa e de um quase rompimento, vereadores de situação decidiram pela composição de uma chapa que mantivesse unido o atual grupo que dá sustentação a gestão da prefeita Gislaine Cunha (MDB).
Em um primeiro momento, quatro vereadores colocaram seus nomes a disposição para presidir o legislativo sombriense: Dimi Cardoso (MDB), Rafael dos Santos (PL), Gean Albino (União), que é o atual presidente, e Adriano Magrão (PRTB). Os três primeiros foram eleitos em 2020 pela situação, e o último pela oposição. Com os quatro nomes como candidatos, Magrão é quem tinha a garantia de ser eleito, já que ele contava com o seu voto, e com outros quatro votos de vereadores da oposição, dentro de um colegiado de onze votos.
Depois de uma suspensão da sessão por meia hora, Rafael e Gean retiraram suas candidaturas, convergindo seus votos para Dimi, que foi eleito com seis votos, contra cinco de Magrão. O acordo passou, também, pela eleição de Rafael como vice-presidente, de Gean Albino para ocupar a primeira secretaria, e de João Roseno (PDT), para ocupar a segunda secretaria. Todos obtiveram seis. Os vereadores Fernando da Silva Pereira (PP), Juvenil Manoel Colares (PP) e Dion Elias de Oliveira (PP) foram candidatos, respectivamente, a vice, primeiro e segundo secretários, mas obtiveram apenas cinco votos.
Em princípio, ficou acordado que Rafael dos Santos assumirá a presidência em 2024. Para isto, Dimi Cardoso precisará renunciar ao comando no legislativo no final de 2023.
Apesar dos conflitos que marcaram as articulações para a composição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, o bloco de situação se manteve unido, o que, por si só, é uma grande vitória para o executivo municipal, comandado pela prefeita Gislaine Cunha (MDB).
Bloco que “oposição” na Assembleia continua coeso
Articuladores do governador Jorginho Mello (PL) até que têm tentado, mas não têm conseguido achar uma brecha de entrada no grupo composto por 26 deputados estaduais, que, em princípio, deverão votar em Mauro de Nadal (MDB) para a presidência da Assembleia Legislativa em fevereiro do ano que vem. Estes 26 parlamentares estão divididos em quatro blocos, três deles liderados respectivamente por MDB, PSD e PT. Trata-se do MDB do próprio Mauro de Nadal, do PSD de Júlio Garcia, que é quem está articulando a eleição de Nadal, e do PT, que de forma natural antagoniza com o PL do governador eleito Jorginho Mello. O quatro bloco é liderado de forma equânime pelo Republicanos, Podemos e Novo, partidos que orbitam a atual gestão do governador Carlos Moisés da Silva (Rep), com quem Jorginho não tem feito muita questão de se relacionar.
MDB continua sendo o caminho mais curto para Jorginho
O grupo de Jorginho, num primeiro momento, objetiva angariar apoio para tentar eleger José Milton Scheffer (PP) presidente da Assembleia, mas esta pretensão mostra-se cada vez mais complexa. Os 26 deputados que estão irmanados no objetivo de eleger Mauro de Nadal se reuniram nesta semana para tratar do tema. A conversa, no entanto, convergiu meramente para a necessidade da união do grupo, ficando agendadas as tratativas para a composição da Mesa Diretora para o mês que vem. Deputados dos mais diversos partidos têm sido procurados por articulares que tentam emplacar Zé Milton no comando do parlamente estadual, mas, por ora, não há ressonância neste sentido. O grande problema de Zé Milton neste momento é que os blocos comandados por MDB, PSD e PT somam sozinhos 21 votos, o que daria a vitória a Mauro de Nadal. Uma composição com o MDB/PSD, que passasse pelo executivo, é o melhor caminho para a paz de Jorginho.