Fontes ligadas a Assembleia Legislativa dizem que pretensão do deputado estadual José Milton Scheffer (PP), de chegar ao comando do parlamento estadual ano que vem, não será nada fácil de ser viabilizada. Em princípio, já haveria o compromisso de pelos menos 25 deputados estaduais de se manter unidos, independentemente do nome a ser indicado para a presidência da Assembleia. Todos estes 25 deputados ligados diretamente a futura gestão estadual, a ser comandada pelo governador eleito Jorginho Mello (PL).
A aposta de Zé Milton estaria justamente na falta de unidade deste grupo, cuja ruptura, aliada a “oposição”, poderia lhe garantir o comando da Assembleia. A bem da verdade, não se trata de uma “oposição” formal. O próprio Zé Milton deverá integrar a base de apoio de Jorginho Mello, a exemplo dos outros dois deputados estaduais eleitos pelo Progressistas. Neste momento, no entanto, o negócio é tentar agrupar todos aqueles que não estão tão próximos assim de Jorginho, ou que de fato não nutrem simpatia por ele, como é o caso dos deputados eleitos pela esquerda. Hipoteticamente, este grupo contataria hoje com 15 parlamentares, em uma conta para lá de otimista.
Os que acreditam em uma vitória relativamente fácil do grupo mais ligado a Jorginho Mello, dizem que há muito mais em jogo do que somente a presidência da Assembleia. Justamente por conta disto é que não haveria muito temor quanto a ruptura do grupo mais ligado ao futuro governador. A indicação de cargos, a ocupação de Secretarias e diretorias de Estado por parte de aliados, o acesso a recursos da gestão estadual, acabariam sendo o alívio para quaisquer dissabores diante da eleição para a presidência da Assembleia. Em resumo, quem saísse descontente seria recompensado. A tal recompensa anularia a possibilidade de uma aglutinação em torno de Zé Milton, o que esvaziaria seu projeto.
Na verdade, em política, isto é mais antigo do que andar para frente. Todavia, o que também não falta em política é gente querendo criar seu próprio legado. Talvez resida aí a esperança de Zé Milton de conseguir ter votos suficientes para chegar ao comando da Assembleia.
Sombrio é premiado por inovação na Administração Municipal
Prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha (MDB), recebeu ontem, em Balneário Camboriú, o prêmio Prefeita Inovadora, por ocasião do 5º Congresso Catarinense de Cidades Digitais e Inteligente. O prêmio é concedido a chefes de executivos municipais que tenham desenvolvido projetos voltados a área da tecnologia, ressaltando-se aqueles com foco na preservação ambiental. No que diz respeito a Sombrio, a prefeita tem feito vários investimentos ligados a iluminação pública através de lâmpadas de LED, que são mais econômicas e demandam menos impacto ambiental, projeto este que vem sendo ampliado cotidianamente. No que diz respeito a tecnologia aplicada, a Prefeitura de Sombrio, em parceria com a Polícia Militar e Polícia Civil, já instalou 16 câmeras de vigilância para monitoramento, 24 horas por dia, das principais vias públicas do município. Algumas com capacidade de rastreamento veicular.
Jorginho estreita laços com Assembleia e Judiciário
Governador eleito Jorginho Mello (PL) visitou ontem a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça. Defendeu a independência entre os poderes e o fortalecimento das instituições. Político tarimbado, Jorginho está dando aula de articulação. Se no plano político as coisas estão indo bem, melhor ainda são as projeções para a esfera administrativa. Com o cancelamento do Plano 1000, do atual governador Carlos Moisés da Silva (Rep), o que não faltará é dinheiro em caixa para que Jorginho realize investimentos robustos já a partir de seu primeiro ano de governo. Pelo andar da carruagem, o futuro governador tem tudo para realizar uma sólida gestão. Para isto, precisará, no entanto, colaborar para que a presidência da Assembleia Legislativa fique sob o comando de um deputado diretamente ligado a ele. Ter alinhamento com a Mesa Diretora da Assembleia faz toda a diferença para um governador.