O MDB catarinense precisará se reinventar em Santa Catarina se quiser continuar sendo um dos caciques da política estadual. Os últimos dois pleitos estaduais foram extremamente ruins para a legenda, que permanece a deriva desde o falecimento do ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB). Tanto em 2018 quanto neste ano, o partido não conseguiu sequer chegar ao segundo turno da eleição estadual. Em 2018 rachou antes mesmo do começo da campanha. Como resultado, Mauro Mariani (MDB) amargou a terceira colocação na disputa pelo governo no primeiro turno, perdendo a vaga para o desconhecido Carlos Moisés da Silva, então filiado ao PSL. Em que pese a onda Bolsonaro ter empurrado Moisés, o fato é que a desarticulação do MDB foi a grande responsável por Mariani ter sucumbido. Neste ano a história se repetiu, só que de forma mais dantesca ainda. Negando seus próprios brios, o MDB optou por indicar o vice de Carlos Moisés (Rep), que perdeu a vaga no segundo turno para Décio Lima (PT). Grosso modo, se poderia dizer que primeiro o MDB perdeu para os bolsonaristas, e depois para os petistas. O problema é que foi muito pior do que isto: o MDB perdeu para ele mesmo.
A queda de braços dentro do MDB e a falta de uma leitura mais isonômica do cenário político estadual é o que tem feito o partido sucumbir. A impressão que se tem é que os interesses pessoais estão se sobressaindo em relação aos interesses da legenda enquanto instituição partidária. Tivesse seguido a lógica e homologado a candidatura de Antídio Lunelli (MDB) ao Governo do Estado, a história seria outra. De cara estaria no segundo turno, só para início de conversa. Dependendo das composições, que fatalmente envolveriam PSD, PSDB, assim como outros partidos de cunho bolsonarista, o resultado eleitoral no Estado poderia ser outro. Uma chapa encabeçada pelo MDB também ajudaria a eleger bem mais que os seis deputados estaduais que conquistaram vagas na Assembleia Legislativa no último dia 2 de Outubro.
Em princípio, o que se espera é que os velhos caciques desobstruam o caminho, de modo a não permitir com que o MDB acabe como está acabando o Progressistas, seu velho rival político. Sempre convém lembrar que, em política, quando o projeto de um pequeno grupo se sobressai em relação ao projeto do partido, fatalmente este partido implode.
Eder Mattos é cotado para o Estado em 2024
Prefeito de Meleiro, Eder Mattos (PL), é visto como nome certo para integrar a segunda metade do governo de Jorginho Mello (PL). Reeleito em 2020, Eder não poderá disputar o executivo municipal em 2024 e ficará sem cargo político. Sua ida para o Governo do Estado é mais que natural, tanto pela ligação que tem com o futuro governador, quanto pela necessidade que o PL regional tem de criar uma liderança na Amesc para disputar a Assembleia Legislativa em 2026. Já neste ano Eder Mattos foi instigado por Jorginho Mello para esta disputa, mas como teria que renunciar ao comando da prefeitura preferiu passar a vez. Em princípio, ele não cogita integrar a equipe do Governo Estadual, mas a pressão será grande.
Almides já regularizou quase 500 imóveis em Santa Rosa
Prefeito de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), entregou, através do Reurb, mais 43 matrículas de imóveis que se encontravam irregulares no município. Com isto, desde o início de sua gestão, já são cerca de 500 imóveis regularizados. A grande maioria possuía apenas contrato de compra e venda, sem registro junto ao Cartório de Imóveis, o que, na prática, não garante a propriedade plena. De acordo com o prefeito, até o final deste ano é provável que se chegue aos 700 imóveis regularizados no município. Além do risco de ter sua propriedade contestada, quem não possui escritura de seu terreno ou casa, não tem acesso a linhas de financiamento para construção ou melhoria, por exemplo.