Pesquisas eleitorais com foco no segundo turno da eleição presidencial já começaram a pipocar. Em relação aos resultados, eles existem para todos os gostos. Dependendo do instituto, ora o ex-presidente Lula da Silva (PT) ganha, ora é o presidente Jair Bolsonaro (PL) quem ganha. Como os institutos também chutaram longe em suas análises no primeiro turno, tudo que se diga agora, na verdade, já parte do princípio da falta de veracidade.
Independentemente das pesquisas, o que se pode prever é uma disputa extremamente acirrada entre os dois candidatos. Os simpatizantes de Lula se enganam ao imaginar que a vantagem de pouco mais de 6 milhões de votos em relação a Bolsonaro, conquistada no primeiro turno, será ampliada. Muito pelo contrário. Ela cairá, e bastante. A grande questão é saber se cairá o suficiente para dar a vitória a Bolsonaro.
O principal problema de Lula é que seu eleitor está extremamente concentrado no Nordeste do país. Se por um lado isto foi o que lhe conferiu ampla vantagem no primeiro turno, por outro, falta capilaridade para que ele se mantenha em alta de forma uniforme em todo o país, até o próximo dia 30. Em linhas gerais, Lula está excelentemente bem onde estão concentrados 30% dos eleitores do Brasil. Todavia, Bolsonaro está relativamente bem onde estão concentrados os outros 70%. Mesmo que Lula cresça nos seus 30%, ainda assim são só 30%. Já Bolsonaro tem chances de crescer mais que Lula onde estão concentrados 70% dos eleitores.
Vale repetir uma colocação que fiz dia desses aqui na coluna, dando conta que se a disputa presidencial fosse uma corrida de mil metros, Lula já sairia na marca dos 500 metros em direção a linha de chegada. A diferença é que, mesmo iniciando a tal corrida na marca da largada, Bolsonaro tem mais fôlego. A única grande questão é saber se haverá tempo para ele ultrapassar Lula antes da linha de chegada.
Jorginho quer 80% dos votos em SC para Bolsonaro
Candidato ao Governo do Estado pelo PL, senador Jorginho Mello tem se reunido com líderes de seu partido e solicitado “esforço concentrado para que o presidente Jair Bolsonaro atinja a marca dos 80% dos votos em Santa Catarina no segundo turno”. A meta estipulada pelo senador é observada com incredulidade, mas não faltam bolsonaristas que acreditam que isto seja possível. Jorginho parte do princípio que no segundo turno da eleição presidencial de 2018 Bolsonaro chegou aos 75% dos votos válidos no Estado. “Se fez 75% na eleição passada, temos que chegar aos 80% agora. Agora não é mais um sonho. Agora é a manutenção e a ampliação de um projeto”, comenta o senador. Candidata a deputada estadual pelo PL de nossa região neste ano, a advogada araranguaense Andresa Ribeiro diz que no Extremo Sul o objetivo é atingir este percentual. “Estamos nos esforçando para isto. Acredito que vá dar certo”, ressalta.
PT acredita que Décio possa vencer Jorginho
Candidato a deputado estadual pelo PT do Extremo Sul catarinense neste ano, o policial civil sombriense Glauter Soares acredita que Décio Lima, candidato ao Governo do Estado por seu partido, tem reais chances de vencer o segundo turno contra o senador Jorginho Mello (PL), no próximo dia 30. De acordo com Glauter, “a sociedade catarinense provou que quer algo novo na gestão estadual ao colocar Décio na segunda etapa da eleição”. Na sua visão, “o eleitor de nosso Estado quer dar oportunidade para um governo que invista no social, que tenha uma real preocupação com as pessoas”. Glauter mantém esta mesma linha de raciocínio em relação a disputa federal, entre o ex-presidente Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com ele, “Lula é o único que pode devolver a esperança aos brasileiros de um governo verdadeiramente humano, vocacionado a combater a fome e as desigualdades sociais”.