Em princípio, quem vai até uma urna para votar em uma eleição estadual e nacional é porque se importa com seu Estado e com seu país. Pelo menos esta é a lógica. Muitas pessoas não vão, pelos mais diversos motivos, o que inclui não estar no domicílio eleitoral, ou ter menos de 18 anos, ou mais de 70, o que as desobriga deste compromisso cívico. Em Santa Catarina, a chamada abstenção chega à média de 16%. Isto significa que de cada cem eleitores, dezesseis não comparecem do dia da votação.
Afora isto, muita gente deixa de votar depois de já estar lá dentro da sessão eleitoral. Pessoas que simplesmente votam em branco, ou anulam o voto. Em nosso Estado, 24% dos que já estão na frente da urna eletrônica não votam para candidatos a senador, preferindo votar em branco, ou anular seu voto. Se estes 24% forem somados aos 16% das abstenções, temos 40% dos eleitores catarinenses não votando para o Senado. Para efeito de comparativo, no que diz respeito a eleição presidencial, os brancos e nulos somam 7% em Santa Catarina.
Convém ressaltar que os senadores são aqueles que mais mandam no país. Mandam mais que deputados estaduais, que os federais, que os governadores, e até mesmo que o presidente da República. Podem mandar mais até que os ministros do Supremo Tribunal Federal. De acordo com a Constituição Federal, por exemplo, somente os senadores podem promover o impeachment de um ministro do Supremo. Além disto, todas as leis federais, se não tiverem o aval do Senado, não valem para nada, o que inclui o Orçamento da União, que é a lei que determina o que um presidente da República tem que fazer com o dinheiro público.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) já sacou o que deve fazer para ter o controle do país. Não à toa exigiu candidatos ao Senado de sua confiança, como Jorge Seif (PL) aqui em nosso Estado. E assim o fez em vários outros Estados do país. O eleitor, no entanto, ainda não se ligou. Acha que senador não serve para nada. Na verdade, são eles quem podem fazer tudo, e mais um pouco. Não fosse pelos senadores Renan Calheiros (MDB) e Eunício Oliveira (MDB), por exemplo, a então presidente Dilma Rousseff (PT) não teria sido cassada.
Amin tem ligado diretamente para lideres aliados
Candidato ao Governo do Estado, senador Esperidião Amin (PP) tem ligado diariamente para líderes de seu partido, como também do PSDB e do PTB, que oficialmente são seus aliados, solicitando empenho para seu projeto eleitoral. Em linhas gerais, Amin tem pedido às lideranças engajamento pessoal e mobilização dos correligionários, no que ele tem considerado a reta final da campanha. Aqui no Extremo Sul, pelo menos dez líderes dos três partidos já receberam ligações do senador. Na sua visão, seu grande desafio é chegar no segundo turno. Em princípio, ele imagina que isto poderia se dar com o atual governador, Carlos Moisés da Silva (Rep). Em tom de brincadeira, Esperidião Amin tem dito nestes contatos que no segundo turno ele não precisaria mais de ajuda, pois conseguiria vencer sozinho seu oponente. Obviamente, caso passe para a segunda etapa da eleição, a ajuda precisa ser redobrada.
Cerca de 150 pessoas do Extremo Sul foram prestigiar Lula
PT, PSB e outros partidos aliados ao projeto eleitoral do ex-presidente Lula da Silva (PT) compuseram uma caravana com cerca de 150 pessoas, de nossa região, que ontem participaram de uma grande concentração política no centro de Florianópolis. Além de Lula, que disputa o Palácio do Planalto, também participaram do ato seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e outros candidatos que disputam as eleições majoritárias e proporcionais por partidos de esquerda em Santa Catarina. De acordo com o coordenador regional do PT, Ozair Banha da Silva, “o comício foi estrondoso, empolgante”, e revigorou os ânimos da militância das siglas que estão apoiando o projeto de retorno de Lula ao comando do país. Décio Lima (PT), que disputa o governo estadual, e Dário Berger (PSB), que disputa o Senado, tiveram amplo espaço para suas exposições no ato.
