Rolando Christian Coelho | Carlos Moisés une grupo suprapartidário na região

Governador esteve ontem em Araranguá onde fez o lançamento de sua pré- candidatura à reeleição

Rolando Christian Coelho, 12/07/2022

Carlos Moisés une grupo suprapartidário na região

Governador Carlos Moisés da Silva (Rep) esteve ontem à noite em Araranguá, onde participou de um encontro em prol de sua pré-candidatura. Organizado pelo Republicanos, sigla em nossa região coordenada pelo ex-vereador de Araranguá, Marco Antônio Mota, o Motinha, que é pré-candidato a deputado estadual, o encontro acabou atraindo lideranças dos mais diversos partidos, mais notadamente do MDB, Progressistas e do PSDB.

Ressalte-se, neste contexto, o envolvimento pessoal do prefeito de Araranguá, César Antônio Cesa (MDB), um apoiador contumaz do projeto de reeleição do governador. César fez questão de ressaltar que “o governador Carlos Moisés é um verdadeiro municipalista, um gestor que sabe que a absoluta maioria da população catarinense vice nos municípios espalhados pelo Estado, e não somente em Florianópolis, onde os recursos costumavam ficar concentrados”.

O encontro também contou com a presença de prefeitos como o de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini (Rep), de Balneário Gaivota, kekinha dos Santos (PSDB), de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), de São João do Sul, Moacir Teixeira (MDB), de Praia Grande, Fanica Machado (PP), dentre outros, a exemplo do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), que deve ser um dos coordenadores da campanha de Carlos Moisés no Sul do Estado. Além de Motinha, o ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), que também é pré-candidato a deputado estadual, estava no palco ao lado do governador.

O governador ainda não tem o apoio oficial do MDB, que deverá se decidir em relação a seu futuro apenas no dia 23, depois da realização da convenção estadual da sigla. De todo modo, mesmo que o MDB não esteja oficialmente aliado a ele, Carlos Moisés deverá ter a simpatia e o trabalho da maioria dos prefeitos da legenda, cujos executivos municipais, sob suas gestões, estão sendo francamente beneficiadas com recursos estaduais.

Contrariamente aos interesses deste grupo de emedebistas que apoia Carlos Moisés, ontem o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, oficializou sua condição de candidato ao governo junto ao comando estadual do partido, se inscrevendo para a convenção do dia 23. Além dele, também já estão inscritos, todavia, para disputar o Senado, o ex-governador Paulo Afonso Vieira e os deputados federais Celso Maldaner e Rogério Peninha Mendonça.

O grupo de líderes emedebistas que quer apoiar Carlos Moisés, composto majoritariamente por deputados estaduais e prefeitos, pretende indicar o ex-prefeito de Joinville, Udo Döehler como seu candidato a vice. Udo disse que aceita a indicação, desde que não tenha que rivalizar com Antídio Lunelli, que é seu amigo pessoal. A equação deste problema é um dilema.

Em meio a tudo isto, Carlos Moisés tem percorrido o Estado, na tentativa de mobilizar, principalmente, as bases do MDB. Sempre é bom lembrar que dos 541 votantes na convenção do partido, 458 são delegados nos diretórios municipais. Literalmente, serão emedebistas que moram em Araranguá, Sombrio, São João do Sul, Içara, Heval do Oeste, São Joaquim, e por aí afora, que decidirão o futuro do MDB.

Frente Democrática quer lançar majoritária amanhã

Está agendado para amanhã encontro com os oito presidentes dos partidos de esquerda que compõe a Frente Democrática, em Santa Catarina, com o objetivo de chegar a um denominador comum quanto a composição de uma chapa majoritária única, visando representar o grupo no pleito eleitoral deste ano em nosso Estado.

Em princípio, há composições para todos os gostos: Décio Lima (PT) como candidato ao governado, tendo Jorge Boeira (PDT) como vice, e Dário Berger (PSB) como candidato ao Senado. Décio ao governo, Rodrigo Bornholdt (PSB) a vice e Boeira ao Senado.

Dário ao governo, Luciane Carminatti (PT) a vice, e Boeira ao Senado, e por aí afora. Candidatos não faltam, o que falta mesmo é vaga majoritária na esquerda, o que pode levar a um racha no grupo e ao lançamento de dois candidatos ao governo por este viés ideológico.

Isto, provavelmente, sepultaria qualquer chance deste grupo de chegar ao segundo turno. Interessante observar que na maioria dos cruzamentos prospectados, as figuras de Décio Lima e Jorge Boeira são presenças constantes, o que leva a crer que eles não estarão fora da majoritária da Frente Democrática.

PP, através de Bolsonaro, quer convencer PL a ser vice de Amin

Progressistas tem trabalhado pesado em Brasília para que presidente Jair Bolsonaro (PL) convença o senador Jorginho Mello (PL) a desistir de sua pré-candidatura ao governo, manifestando apoio ao senador Esperidião Amin (PP) no mesmo projeto. Felipe Mello (PL), filho de Jorginho, seria o candidato a vice de Amin.

No embalo, também se busca uma composição entre as pretensões do ex-Secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif, e o presidente estadual do PTB, deputado Kennedy Nunes, no que diz respeito a disputa pelo Senado por este grupo.

O PSDB também é prospectado para esta aliança. O fato é que, oficialmente, o bolsonarismo será representado em Santa Catarina por PL e Progressistas. Os eleitores dos dois partidos serão um só, em relação a Bolsonaro.

Todavia, se o Progressistas não tiver Esperidião Amin como candidato, fatalmente irá votar em Carlos Moisés da Silva (Rep) na disputa pelo governo. Para o grupo, o melhor seria ter Amin como candidato a governador, com o PL de vice. O PL, por óbvio, não entende desta maneira.

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