Rolando Christian Coelho, 07/07/2022
PT lançará seis candidaturas no Sul do Estado
O Partido dos Trabalhadores irá lançar três candidatos a deputado federal e três candidatos a deputado estadual pelo Sul catarinense. A intenção era emplacar bem mais candidaturas, tanto em nível estadual, quanto federal, mas a federação que o PT realizou com o PV e com o PCdoB, além de acertos prévios com outras legendas de esquerda do Estado, acabaram obstruindo vários projetos, como o do ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Araranguá, Ozair Banha da Silva, que pretendia se candidatar a deputado federal.
Em princípio, estão mapeados para disputar a Câmara Federal pelo PT do Sul do Estado Daniel Loch, de Içara, Constantino Rodrigues de Freitas, de Gravatal, e Cida da Silva Pereira, de Laguna. Já à Assembleia Legislativa, deverão ser candidatos Glauter Soares, de Sombrio, Célio Elias, de Forquilhinha, e Júlio Bittencourt, de Criciúma. Também não conseguiram vagas para a disputa federal Chico Baltazar e Pedro Brunel, ambos de Criciúma.
Ainda que haja uma natural torcida pela eleição de seus candidatos regionais, o PT, a exemplo de outros partidos de esquerda, não coloca objeções quanto ao trabalho de seus filiados para candidaturas de outras regiões. Parte-se do princípio que um parlamentar deva representar, por igual, os interesses de todos os municípios, e não apenas uma região.
A prioridade também é o combate as chamadas disparidades sociais, que estariam igualmente espraiadas por todos os municípios, e não apenas localizadas em uma determinada região. Banha da Silva, por exemplo, irá trabalhar pela candidatura a deputado federal de José Fritsch, de Chapecó, que já foi prefeito daquele município, como também legislou na Câmara Federal.
O PT catarinense trabalha com a expectativa de emplacar pelos menos três deputados federais e seis estaduais na eleição deste ano. No atual mandato, o partido conta com Pedro Uczai como federal e Luciane Carminatti, Neodi Saretta e Pedro Baldissera como estaduais. O partido já chegou a ter cinco federais e nove estaduais no mesmo mandato, entre 2003 e 2006, fruto da famosa onda Lula em 2002.
Dentre os eleitos naquele pleito figurava Jorge Boeira, de Araranguá, que conquistou uma cadeira da Câmara dos Deputados.
A expectativa do PT é que da dualidade entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL) haja a motivação necessária para que a militância abrace ferrenhamente as candidaturas do partido, trazendo de volta a pujança do passado recente.
Frente Democrática deve definir seu futuro dia 13
Presidentes de oito partidos de esquerda do Estado, que estão agregados a um grupo chamado de Frente Democrática, se reuniram ontem, em Florianópolis, para tentar decidir o futuro das legendas diante das eleições deste ano.
A Frente objetiva disputar a eleição estadual deste ano com apenas uma chapa majoritária, mas o entendimento está longe de ser alcançado. Basicamente, há mais interessados nas candidaturas ao Governo do Estado, e ao Senado Federal, do que o número de vagas disponíveis dentro de uma aliança coesa, e, por conta disto, a possibilidade de racha é iminente. Em princípio, a Frente deverá se reunir novamente no próximo dia 13 para decidir que caminho irá tomar.
O maior de todos os impasses diz respeito às pretensões do presidente estadual do PT, Décio Lima, e do senador Dário Berger (PSB), já que ambos querem disputar o Governo do Estado. Se esta questão for equacionada, as demais arestas acabarão se dissolvendo.
Cúpula do PL descarta Felipe Mello como vice de Amin
Especulações dando conta que o ex-secretário de Estado, Felipe Mello (PL), que é filho do senador Jorginho Mello (PL), poderia concorrer como candidato a vice-governador em chapa encabeçada pelo senador Esperidião Amin (PP), são cada vez maiores nos bastidores da política catarinense.
Líderes do PL têm se esforçado para “desmentir”, esta possibilidade. Hipoteticamente, a dupla seria reforçada pelo PTB, e também pelo PSDB, cujos líderes estaduais mantiveram longa conversa com Amin, ontem, em Brasília.