Lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), a deputado estadual, no último sábado, não deixou dúvidas: o projeto está nascendo com robustez. Cerca de mil pessoas acompanharam o evento, realizado em Araranguá. Além da militância emedebistas, também participaram do lançamento figuras como o pré-candidato ao Governo do Estado pelo partido, Antídio Lunelli, os cincos prefeitos do MDB da Amesc, vice-prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, deputados e ex-deputados do partido. Neste contesto, a presença do deputado estadual Luiz Fernando Vampiro, do ex-deputado federal Ronaldo Benedet, e do presidente do MDB de Criciúma, Rodrigo Ganso, chamou a atenção. Em princípio, não resta dúvidas de que o MDB criciumense, e, por osmose, o da região carbonífera, deverá estar em massa engajado ao projeto de Tiago Zilli. Este apoio é um divisor de águas para o pré-candidato, em seu intento de chegar à Assembleia Legislativa.
Todo o protocolo do evento esteve fortemente ligado ao apelo emocional. Em princípio, observa-se que não há um grande projeto estratégico por trás da pré-candidatura de Tiago Zilli. Ele, meramente, pretende se apresentar ao grande eleitorado exatamente como é, e como pensa. Por conta do tamanho do partido, da escassez de candidatos a estadual no Sul do Estado pela legenda, e pela estrutura de campanha com que deverá contar, esta naturalidade do projeto de Tiago Zilli tem grandes chances de emplacar. Em princípio, ele pode ser elencado entre aqueles que irão se eleger a deputado estadual pelo MDB. Todavia, isto não depende meramente de sua votação, mas também da votação de seus adversários internos e externos. Em princípio, o que se pode dizer é que o projeto é bastante viável.
Em Araranguá, Antídio reafirma que é candidato ao governo
Presente ao lançamento da pré-candidatura de Tiago Zilli à Assembleia Legislativa, pré-candidato ao Governo do Estado pelo MDB, Antídio Lunelli, reafirmou sua disposição de participar da convenção da legenda, agendada para o próximo dia 23, em Florianópolis. Em princípio, o diretório estadual do partido terá que optar por suas hipóteses: candidatura própria, com Antídio concorrendo ao governo, ou indicação do candidato a vice do governador Carlos Moisés da Silva (Rep). No contato com imprensa durante o evento de Tiago Zilli, no sábado, Antídio Lunelli ressaltou que seu projeto não tem volta. Ressaltou que não cogita, de modo algum, voltar a se dispor a ser vice de Carlos Moisés. “Dei um passo atrás e me dispus a isto. O governador não quis. Então, agora, cada um que faça seu projeto. O meu é o de disputar o governo”, comentou. Questionado sobre as chances de vitória de Antídio na convenção, o presidente em exercício do MDB estadual, Edinho Bez, disse que o resultado é imprevisível. “Neste momento não vejo uma tese favorita. Tanto o Antídio pode ser homologado como candidato ao governo, como o MDB pode optar por indicar o vice de Carlos Moisés. Vamos esperar a evolução do quadro para termos uma visão mais clara”, comentou.
Carlos Moisés lança pré-candidatura com líderes do MDB, PP, PSD e PSDB
Nem só de complicação interna no MDB vive a política catarinense. No sábado o governador Carlos Moisés da Silva (Rep) também fez o lançamento de sua pré-candidatura ao governo. Sabe-se lá porque a fez no dia 2 de julho, ao invés de fazê-la no dia 10 de julho, já que 10 é o número da legenda de seu partido. Todavia, cada marketeiro com suas manias. No referido lançamento estavam presentes líderes estaduais do MDB, do Progressistas, do PSDB e do PSD. Observe que o MDB tem pré-candidato ao governo, assim como o Progressistas, através de Esperidião Amin, como também o PSD, que indicou Eron Giordani (PSD) como candidato a vice de Gean Loureiro (União). O PSDB é o único descompromissado, mas também tem velas acessas para Amin, Loureiro e Lunelli. Dentro deste contexto, Esperidião Amin tem promovido uma série de encontros em vários municípios do Estado, pregando sua pré-candidatura. Em princípio, o partido deverá realizar na próxima segunda-feira, dia 11, o lançamento de seus candidatos majoritários e proporcionais, a serem, depois, meramente confirmados em convenção. Em relação a Carlos Moisés, o que se vê, neste momento, é que ele tem à quase todos, mas também não tem nenhum, ao mesmo tempo.
