Rolando Christian Coelho, 30/06/2022
Candidaturas regionais começam a ganhar corpo
Faltando um pouco mais de um mês para que as candidaturas ao pleito estadual deste ano sejam registradas, vários projetos já parecem bem solidificados, ou, no mínimo, muito bem encaminhados. De forma natural, a candidatura à reeleição do deputado estadual José Milton Scheffer (PP) já está pronta e esperando meramente o período eleitoral para a entrega dos santinhos.
Trata-se, de longe, do projeto mais sólido dentre todos os postulantes ao pleito deste ano, por conta de o mesmo já estar alinhavado desde a última eleição de Zé Milton, em 2018. De lá para cá, ele meramente trabalhou para chegar a este ponto, apto a disputar um quatro mandato, que é o que de fato acontecerá.
Afora Zé Milton, temos vários outros projetos que vêm sendo bem construídos, a exemplo das disposições de concorrer a Assembleia Legislativa do ex-prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), e também do ex-vereador de Araranguá, Marco Antônio Mota, o Motinha (Rep). Tiago está conseguindo amealhar o apoio da maioria dos diretórios de seu partido tanto aqui no Extremo Sul, quanto na região de Criciúma.
Nas últimas eleições, o MDB chegou à casa dos 50 mil votos nestas duas regiões para seus candidatos à Assembleia. Vale lembrar que, por ora, o MDB da região de Criciúma não terá candidato a deputado estadual, e aqui em nossa região Tiago é o único candidato do partido.
O projeto de Motinha também merece ser enfatizado por conta de três situações: o histórico familiar, o potencial de votos de Araranguá e a baixa legenda necessária no Republicanos para assegurar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Motinha tem ao seu lado seu pai, o ex-deputado estadual Manoel Mota (MDB), cuja experiência política dispensa credenciais. Concomitantemente a isto, mora em Araranguá, um dos maiores colégios eleitorais do Estado.
Há campo, natural, para que Motinha chegue aos dez mil votos na Cidade das Avenidas. Afora isto, no Republicanos, se ele chegar à marca dos 20 mil votos, passa a ter reais chances de eleição.
O PL também lançou recentemente a pré-candidatura da advogada araranguaense Andressa Ribeiro ao parlamento estadual. Trata-se de um projeto audacioso, por conta das múltiplas candidaturas bem estruturas já ligadas ao partido que também postularão à Assembleia Legislativa. O PL, no entanto, está motivado, e, no mínimo, não pretende fazer feio aqui no Extremo Sul no pleito deste ano.
Vários outros projetos estão em construção para 2022
Ainda no que diz respeito às candidaturas regionais no pleito deste ano, de Araranguá, emana também a pré-candidatura do vereador Diego Pires (PDT) à Câmara Federal. A dobradinha firmada com o deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) abrirá as portas da região de Criciúma para Diego, cuja chance de eleição está totalmente presa ao mapeamento das candidaturas de esquerda no Estado. Também de Araranguá, o ex-deputado federal Jorge Boeira (PDT) busca construir uma candidatura majoritária, em princípio ao Senado da República.
A exemplo de Diego, sua ascensão está bastante presa a desdobramentos dentro da esquerda. Em relação ao projeto em si, no entanto, Boeira se ressalta, por conta de sua disposição bastante franca de enfrentar as urnas, seja em que quadrante for. Há vários outros projetos também alinhavados, mas que carecem, no mínimo, de maior divulgação, como o do sulsantarrosense Alex Bristot (PSB) a deputado federal, ou o do araranguaense João Cechinel (PTB) a deputado estadual.
PSB já admite disputar o Senado pela Frente, mas PDT também quer a vaga
Cúpula do PSB já começa a admitir possibilidade do senador Dário Berger (PSB) disputar a reeleição, mas desde que isto seja feito pela Frente Democrática, que, agora, conta com nove partidos de esquerda irmanado no grupo.
Em princípio, Dário quer ser candidato ao governo pela Frente, mas já sentiu que o PT não abrirá mão desta pretensão, através de Décio Lima. A vaga de vice, neste momento destinada ao ex-deputado estadual Gelson Merísio (SD), não atrai Dário, nem o PSB.
Com Dário Berger voltando seus olhos para uma candidatura a senador, a situação dentro da Frente até poderia ficar mais cômoda, não fosse por um pequeno detalhe. O PDT não aceita concorrer como vice, e só aceita participar da Frente se, no mínimo, disputar o Senado.
Afora isto, o partido estaria disposto a bancar uma candidata ao governo estadual, de modo a servir de palanque para a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT). O nome da legenda, para qualquer situação, é o do ex-deputado federal Jorge Boeira, de Araranguá.
