Rolando Christian Coelho | Críticas de opositores a Carlos Moisés são infundadas

Plano Mil está entre os projetos de descentralização de recursos do governo para as prefeituras municipais

Rolando Christian Coelho, 25/05/2022

Críticas de opositores a Carlos Moisés são infundadas

Todo período eleitoral é marcado por fortes críticas aos gestores públicos. Não poderia ser diferente, afinal de contas a crítica é a arma que a oposição tem para tentar chegar ao poder. Não fosse assim, não haveria oposição. A gestão do governador Carlos Moisés da Silva (Rep), no entanto, tem sofrido críticas infundadas por todos os flancos.

Basicamente, pré-candidatos ao governo de outros partidos têm acusado Carlos Moisés de uso do dinheiro público para arranjos eleitorais, de não ter projeto próprio de governo, de doar dinheiro para resolver problemas de competência do Governo Federal, de focar unicamente nas questões ligadas a infraestrutura, esquecendo-se dos setores sociais, e por ai afora.

O ponto de partida de todas estas críticas é o fato de o Governo do Estado estar promovendo a distribuição de R$ 5.5 bilhões para as prefeituras através de convênios. Afora isto, há ainda o Plano 1000, que prevê a destinação de R$ 7,3 bilhões, ao longo dos próximos cinco anos. Somente para a região da Amesc, neste primeiro momento, são R$ 500 milhões.

Acusar o governador de destinar recursos com fins eleitorais é como dizer que a água é molhada, ou que o sol é quente. É óbvio que todo gestor público com cargo eletivo se utiliza deste expediente, e que bom que o utiliza. É justamente o receio de perder o poder que o faz trabalhar cada vez mais, que o faz destinar cada vez mais recursos, para tentar manter o status quo.

Grosso modo, toda obra, toda ação de um gestor público, pode ser interpretada como uma obra eleitoreira, afinal de contas, isto sempre irá beneficiar alguém, que ficará grato, e que, em parte, tentará retribuir a gratidão com o voto.

Também pesa contra o governador a pecha de não ter projeto próprio de governo, e, por conta disto, se valer das demandas das prefeituras para distribuir os recursos do Estado. Este fato é meramente um ponto de vista dos críticos de Carlos Moisés, nada mais.

O que não foi entendido ainda é que seu projeto de governo é justamente o de resolver os gargalos de infraestrutura dos municípios, algo que vem sendo solicitado que o Governo do Estado faça há mais de meio século, e que nunca foi feito.

Em linhas gerais, o que Carlos Moisés fez foi chamar os prefeitos e perguntar a cada um deles quais as principais demandas de cada município. Do dia para à noite, apareceram milhares de situações, que agora estão tendo recursos aportados para que os problemas sejam resolvidos.

Para que melhor programa de governo do que este? É compreensível a retórica dando conta que é preciso investir na infraestrutura energética do Estado, em portos, aeroportos, ferrovias, etc.

O problema é que os municípios, especialmente os de interior, já não aguentam mais esta história e querem seu direito ao bife também. Não adianta nada ficar servindo churrasco em Joinville, Florianópolis, Blumenau, Chapecó, e por aí afora, se nem o cheio da fumaça chegava aqui em baixo. Governo justo é aquele que capitaliza seus recursos, pois todo cidadão tem direito a eles.

Carlos Moisés também vem sendo acusado de destinar recursos estaduais para que o Governo Federal invista em obras rodoviárias federais. Este expediente é cada vez mais corriqueiro no Brasil. O governo do Rio Grande do Sul, por exemplo, está fazendo isto em relação a BR 116, e a 290, no trecho Sul do Estado.

Em Santa Catarina foram aportados R$ 465 milhões para as BRs 470, 280, 163 e 285, a famosa Serra da Rocinha. São todas rodovias dentro de Santa Catarina. Somente na 470 e na 280 morreram no ano passado 160 pessoas em acidentes. O que o governador deveria fazer: deixar as pessoas morrendo somente porque as rodovias são de competência federal? Isto beiraria a insanidade, quase a psicopatia.

O fato de a absoluta maioria das demandas dos municípios estarem ligadas ao setor de infraestrutura também é outro fator de crítica ao governador. O acusam de investir muito em concreto e asfalto, e pouco de saúde e bem estar social, por exemplo. A questão é que alguém precisa investir em infraestrutura, para que nosso Estado não passe o resto de seus dias enxugando gelo.

Qualquer pessoa sensata sabe que ao investir em infraestrutura os governos fomentam a economia, que, por sua vez, geram riqueza e renda, trazendo benefícios direto à população, a curto, médio e, principalmente, longo prazo. Todo país desenvolvido, antes de qualquer coisa, investiu em obras estruturantes.

É a partir daí que se da o desenvolvimento econômico de um país. Imagine nossa região com as serras do Faxinal e da Rocinha asfaltadas, em consonância com o asfaltamento da Rodovia Caminhos do Mar, a ex-Interpraias. É óbvio que isto irá gerar riqueza e renda em pouco tempo, melhorando a qualidade de vida do cidadão.

A criticidade é um direito de qualquer pessoa, aliás, o mundo só evolui por conta do senso crítico. Todavia, a crítica precisa ter eco, e estas, que estão sendo feitas ao governador, não o têm. Muitas outras poderão ter, mas a oposição está míope, pois tem feito uma pré-campanha com o fígado, ao invés do cérebro.

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