Rolando Christian Coelho, 11/03/2022
Zé Milton cotado para vice de Jorginho Mello
Grupo político do senador Jorginho Mello, que é pré-candidato ao Governo do Estado pelo PL, está apostando suas fichas em uma aliança majoritária com o Progressistas.
Em linhas gerais, o PL almeja ter o Progressistas como seu vice, em um projeto que englobaria apoio das duas legendas ao projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), como também apoio à candidatura ao Senado do empresário Luciano Hang, que deverá se filiar no dia 22 ao ninho liberal.
Lideres do PL prospectam a possibilidade de ter o deputado estadual José Milton Scheffer (PP), que é o líder do governo na Assembleia Legislativa, como vice de Jorginho. Também são cogitados os nomes da deputada federal Ângela Amin, do deputado estadual João Amin, que é filho dela, e do prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli.
Cabe ressaltar que Ponticelli já disse que não renunciará a seu mandato para disputar nenhum cargo neste ano. No que diz respeito à família Amin, Ângela é a que faz brilhar mais os olhos dos liberais.
Ainda assim, ela é objetivo de muitas contestações no PL, a começar pela baixa densidade eleitoral demonstrada na eleição de 2018, na disputa pela Câmara dos Deputados, como também na eleição de 2020, quando amargou a quarta colocação na disputa pela prefeitura da Capital, com apenas 7,42% dos votos.
A presença de Zé Milton na chapa de Jorginho, por óbvio, depende te algumas variantes. A primeira passa pela disposição do Progressistas de ser vice do PL, conversa esta, diga-se de passagem, que já é antiga. A segunda diz respeito a necessidade da família Amin não se interessar na vaga de vice, o que, talvez, seja a questão mais nevrálgica desta situação. Por fim, depende também da vontade do próprio Zé Milton de ser candidato a vice de Jorginho.
Atualmente, o deputado tem um projeto de reeleição muito bem encaminhado, o que poderá lhe render, até mesmo, pelo menos um ano na Presidência da Assembleia Legislativa no próximo mandato. Já a disputa pelo governo é uma aposta sobre a qual o resultado é imprevisível. Sobre a possibilidade de ser vice, Zé Milton tangencia: “Especulações tem para todos os gostos”, resume.
Eduardo Leite volta ao cenário como presidenciável do PSD
Um dia depois do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ter anunciado que não concorrerá à Presidência da República, o governador gaúcho, Eduardo Leite, disse que está disposto a voltar ao certame eleitoral nacional.
Leite já admitiu a possibilidade de deixar o PSDB e se abrigar em outra sigla para disputar o Planalto. Nos bastidores, ele tem conversado justamente com o PSD na tentativa de construir este projeto. A aposta é que o governador gaúcho se transforme na chamada terceira via viável.
Por enquanto, Sério Moro (Podemos), João Dória Júnior (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), não conseguiram fazer frente a dualidade de Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT). Leite seria uma boa aposta para a tal mão invisível do sistema.
Carlos Moisés confirma filiação ao Republicanos
Governador Carlos Moisés da Silva confirmou sua filiação ao Republicanos, ontem, em Brasília. A ficha de filiação foi abonada pelo presidente nacional da sigla, o deputado federal Marcos Pereira (SP), e pelo deputado estadual catarinense Sérgio Mota, que preside o partido em nosso Estado.
Carlos Moisés começa agora uma franca articulação para tentar convencer o MDB a ser seu vice. Em princípio, o partido tem como pré-candidato ao governo o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli. Emissários do governador já ofereceram a vaga de vice a Antídio, que a recusou, como também ao deputado federal Carlos Chiodini (MDB), e aos estaduais Valdir Cobalchini (MDB) e Mauro de Nadal (MDB).
Se Antídio Lunelli conseguir montar um grupo convincente de partidos em seu entorno, levará a candidatura adiante. Caso contrário, pulará fora e Carlos Moisés conseguirá seu objetivo.
Governador quer MDB e Podemos ao seu lado
Além do MDB, governador Carlos Moisés da Silva, agora no Republicanos, também tem direcionado seus holofotes para o Podemos. Hoje deverá conversar com lideranças nacionais da sigla sobre uma possível aliança com o partido em Santa Catarina.
O governador, na verdade, está de olho na candidatura presidência do ex-juiz federal Sérgio Moro, que é filiado a sigla. Carlos Moisés quer manter a postura de candidato alinhado com a moral e os bons costumes, como fez em 2018.
Como está rompido com o presidente Jair Bolsonaro (PL), abraçar Sérgio Moro seria a aparente solução diante do conservador eleitorado catarinense. Vale lembrar que, por conta desta possibilidade, o Podemos de Santa Catarina está rachado.
Grupo de Antídio comemorou filiação de Carlos Moisés ao Republicanos
Tropa de choque de Antídio Lunelli (MDB) comemorou filiação do governador Carlos Moisés da Silva ao Republicanos. Em que pese os esforços do governador para ter o MDB como seu vice, o fato é que, agora, ele passa a ser um adversário dos emedebistas, diante do pleito deste ano, fortalecendo o discurso de Lunelli.
Havia um certo temor de que Carlos Moisés se filiasse ao PSDB, o que poderia criar uma onda no MDB em prol do governador, por conta dos laços históricos que unem as duas siglas, tanto em nível federal, quanto estadual. De fato, no PSDB, o Carlos Moisés teria mais densidade para articular um leque de alianças, do que no Republicanos.
Todavia, não havia consenso dentro do ninho tucano quanto a sua filiação. Na prática, uns queriam, e outros não. Carlos Moisés também ficaria preso a figura elitista do governador de São Paulo, João Dória Júnior.