Pelo Estado | Polarização, egoísmo e defesa de ideologias por trás do tarifaço

O tarifaço de Trump deixa ainda mais visível a polarização e o egoísmo de políticos conservadores. No melhor estilo “prefiro que o avião caia só pra prejudicar o piloto”, boa parte dos governadores de direita se recusam a dialogar com o governo federal para tentar encontrar uma solução para o problema que afeta o país inteiro. Os “colegas de Eduardo Bolsonaro” não enxergam que também serão prejudicados com isso, será? Tudo em nome da ideologia política. Lamentável.

Na contramão desse processo, o deputado federal Valdir Cobalchini (MDB) encaminhou documento e fez contato telefônico com o gabinete do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), pedindo o que chamou de “SOS para a indústria catarinense”.

No documento, ele solicita linhas de créditos em bancos oficiais, com juros subsidiados e até dois anos de carência para a empresas atingidas.

A região de Caçador talvez seja uma das mais atingidas, pois tem sua economia baseada na indústria madeireira e com mais de 60% da produção exportada para os Estados Unidos. Diante desse fato, Cobalchini, que é dali, demonstra preocupação com a economia e principalmente com os empregos.

“Essas medidas não são a solução definitiva para o problema, mas como não vemos uma possibilidade de negociação para a redução de tarifas, elas pelo menos podem amenizar o problema nesse momento, de curto prazo”, argumenta Cobalchini, que na semana que vem já estará em Brasília para tratar pessoalmente do assunto.

Enquanto isso, a comitiva que foi aos EUA para negociar com o presidente Donald Trump voltou ao Brasil sem uma definição positiva, mas os parlamentares acreditam que deram um primeiro passo na construção de um diálogo para possíveis negociações. O senador catarinense, Esperidião Amin (PP), afirmou que, durante a missão, foi feito um levantamento dos impactos econômicos que as novas tarifas causarão e chegou-se a conclusão de que nenhum lado sai ganhando. Nos EUA, por exemplo, a madeira para construção, que vem do Brasil, já está mais cara também.

Amin explicou, ainda, que grandes empresas como a JBS, Embraer e WEG, que têm negócios com o país norte americano, também estão em cima, tentando negociação.

Na verdade, estão todos desesperados por essas novas tarifas, menos Trump e os Bolsonaros.

 

Eleições 2026

Já são favas contadas o fato da atual vice-governadora, Marilise Boehm (PL) não compor chapa novamente com Jorginho Mello (PL). Para disputar a reeleição, Jorginho precisará “ceder” a vaga de vice a outro partido e engrossar o seu caldo, porque a disputa promete ser acirrada. Há quem diga que Topázio Neto (PSD), prefeito da Capital, troque de partido para compor essa chapa. Quanto a Marilise, cogita-se que ela venha disputar vaga na Alesc. E com a força que a mulher tem no Estado, não será difícil de levar.

 

Turismo internacional

Florianópolis recebe no dia 15 de agosto o ex-vice-presidente da Argentina, Daniel Scioli, em um encontro voltado ao fortalecimento das relações turísticas entre os dois países. Atual Secretário de Turismo, Meio Ambiente e Esportes da Argentina, Scioli participa do Encontro de Ideias da ADVB/SC, que acontece na FIESC, com entrada gratuita. Além da palestra, haverá um painel com autoridades catarinenses para discutir parcerias estratégicas com o trade turístico. Inscrições em: https://bit.ly/EI_Argentina.

 

Alesc Intinerante

A cidade de Mafra, no Planalto Norte catarinense, será palco do programa Alesc Itinerante, nos dias 5 e 6 de agosto. Nesses dois dias, todas as sessões plenárias e reuniões de comissões da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) vão acontecer no Espaço Álamos.

A iniciativa, que leva as atividades do Parlamento estadual para o interior do estado, já foi realizado este ano em São Miguel do Oeste e no ano passado, em cinco cidades.

Neste ano, o Alesc Itinerante vai passar ainda por Balneário Camboriú, entre 7 e 8 de outubro. As edições das regiões Sul e Serrana serão realizadas em 2026, em municípios que ainda serão definidos.

 

Casan

Já não é mais novidade os rompimentos das adutoras da Casan, principalmente, na Grande Florianópolis. Na madrugada desta quarta-feira, 30, mais um reservatório se rompeu -e novamente no bairro Monte Cristo, na Capital – causando susto e provocando prejuízo para a população. Seis famílias precisaram deixar suas casas às pressas e perderam praticamente tudo. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a tubulação se rompeu, danificou o asfalto e alagou casas localizadas em um ponto mais baixo da rua.

Felizmente, ninguém ficou ferido, mas não é por isso que mais essa falha do deverá cair no esquecimento. É preciso cobrar a responsabilidade da Casan. Em 2023, no mesmo bairro, o rompimento de um reservatório causou estragos ainda maiores e o processo rola até hoje.

 

Fiesc

A Federação das Indústrias de SC (FIESC) realiza nesta quinta-feira, 31, uma live para apresentar os resultados da pesquisa com indústrias exportadoras sobre os impactos das tarifas de 50% a serem aplicadas sobre produtos brasileiros com destino aos Estados Unidos. O objetivo da pesquisa é municiar o governo do estado e o federal com informações para a formulação de políticas públicas para minimizar os reflexos da taxação de Trump sobre a economia do estado. Em 2024, 99% das exportações catarinenses aos Estados Unidos foram de produtos industriais.

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