Prefeito de Meleiro, Eder Mattos (PL) diz que seu município deverá deixar a Amesc, a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense. O motivo estaria embasado no fato de Meleiro estar participando tanto do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amesc, o Cis/Amesc, quanto do mesmo Consórcio na região de Criciúma, o Cis/Amrec, o que, conforme ele, é vedado pela legislação. De acordo com o prefeito, o Cis/Amrec tem prestado um serviço de excelência à saúde Meleiro, e, por conta disto, a melhor opção para o município é permanecer filiado a ele. Eder Mattos diz que só não oficializou ainda a saída da Amesc porque quer consultar primeiramente a Câmara Municipal de Vereadores.
O descontentamento de Eder Mattos com o Cis/Amesc não é de hoje. O Consórcio acumulou uma série de dívidas ao longo dos anos, que começaram a ser sanadas no atual mandato, mas o passivo ainda é grande. “Fizeram muitas coisas erradas no passado e Meleiro em nenhum momento foi responsável por isto. Agora estamos em uma encruzilhada, onde eu preciso decidir com qual Consórcio ficar, e em qual Associação de Municípios ficar. Em princípio minha decisão é pelo Cis/Amrec e pela Amrec”, comenta o prefeito, ressaltando que seu município já faz limite com a região carbonífera, através dos municípios de Forquilhinha e Nova Veneza, o que facilitaria a nova logística.
A consulta à Câmara de Vereadores anunciada por Eder é meramente pró forme. A Amesc congrega os executivos municipais da região, que por suas vezes têm autonomia para deliberar sobre decisões relacionadas a entidade, o que inclui permanecer ou não nela. Ainda assim Eder Mattos diz que pretende fazer a consulta ao legislativo, quanto a possível ruptura, para não dar a entender que está tomando uma atitude autoritária. “Se o legislativo não concordar, aí não posso me responsabilizar por futuros imbróglios que decorrem da permanência de Meleiro no Cis/Amesc, e, por consequência, na Amesc”, comenta o prefeito.
Finais
Por falar em Eder Mattos, prefeito de Meleiro, que é uma das principais lideranças do PL no Sul do Estado, diz que ainda está aguardando um aceno do governador Jorginho Mello (PL) “para uma conversa frente a frente sobre as demandas” de seu município. Conforme Eder, ele foi o único prefeito que trabalhou abertamente, desde o primeiro turno, pela eleição de Jorginho, mas em princípio não estaria se sentindo recompensado pelo esforço. “Quando o Carlos Moisés era governador, todo mundo ganhou recursos, menos Meleiro, porque eu era Jorginho. Mudou o governo, mas a situação para Meleiro continuou a mesma “, desabafa o prefeito. De todo modo, Eder Mattos diz que nutre a esperança de que Jorginho Mello ainda esteja “acertando os ponteiros de sua gestão”, e que saberá reconhecer aqueles que trabalharam por ele por convicção.
Em princípio, governador Jorginho Mello (PL) parece mais preocupado com questões de ordem macro no Estado, do que com questões pontuais, que visem atender aliados políticos. Há, por óbvio, às exceções, como está sendo o caso dos investimentos no setor rodoviário estadual no município de Sombrio. Afora isto, no entanto, o governador tem se preocupado com temas como as cirurgias eletivas, o programa Universidade Gratuita, ou ainda a contração de empréstimo, no valor de R$ 1,5 bilhões, para a recuperação das rodovias do Estado. De certo modo isto acaba gerando bastante frustração naqueles prefeitos que apostaram suas fichas em Jorginho Mello antes mesmo do primeiro turno da eleição estadual. A esperança de todos estes é que esta quarentena termine o mais rápido possível, de preferência ainda em 2023.