Em seu primeiro dia fora da diretoria financeira do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, o BRDE, ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) defendeu que seu partido tome posição mais austera em relação as investidas do PL catarinense sobre prefeitos do MDB. Nesta semana, o governador Jorginho Mello (PL) abonou a ficha de filiação do prefeito de Ermo, Paulo Della Vechia, que estava no MDB há 24 anos. Moreira quer que o MDB se imponha a este tipo de situação, em princípio, usando para isto sua força parlamentar.
A bem da verdade, o ex-governador vai ter trabalho para tentar barrar as investidas dos liberais. O fato é que o PL é partido do momento, não só em Santa Catarina, por conta do governador Jorginho Mello, mas também em nível nacional, por conta do movimento bolsonarista. E não é só o MDB que está na mira do PL e de Jorginho. Prefeitos de várias outras legendas também têm sido sondados no Sul do Estado, a exemplo de Almides da Rosa, do PSDB de Santa Rosa do Sul. O prefeito, no entanto, diz que por ora permanecerá na legenda pela qual foi eleito.
O esforço que Eduardo Moreira pretende fazer não é de todo inglório, afinal, no comando da presidência da Assembleia Legislativa, através de Mauro de Nadal, o partido tem cacife para bater de frente com o governador em questões políticas. Todavia, se algum prefeito quiser deixar o MDB, ou outra legenda, para se filiar de fato ao PL, dificilmente alguém conseguirá segurar esta decisão.
Finais
Comitiva composta pelo presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio, Ademir Cardoso, o Dimi (MDB), pelo vereador Marilon Cardoso, o Chico do Maracujá (MDB), e pelo vice-prefeito Jeriel Isoppo (MDB) cumpriu agenda na quarta-feira em Florianópolis. Os dois principais compromissos se deram no gabinete do deputado estadual Tiago Zilli (MDB), onde os sombrienses postularam uma série de demandas para o interior do município. Por intermédio de Zilli, a comitiva também se reuniu com a secretária de Estado da Saúde, Carmem Zanotto, a quem agradeceram parcerias e reforçaram pedido para que o governo catarinense continue mantendo tais expedientes com o Hospital Dom Joaquim. Vale ressaltar o empenho que o deputado Tiago Zilli vem tendo ao receber prefeitos de todo o Sul do Estado, em seu gabinete, para o encaminhamento de demandas locais. Conforme o próprio parlamentar, por já ter sido prefeito, ele pretende fazer um mandato vocacionado ao municipalismo.
Tribunal de Contas do Estado, através do conselheiro José Nei Ascari, recomendou ao Governo do Estado, assim como ao secretário da Infraestrutura Jerry Comper, que tracem, de forma imediata, planos para que seja dada continuidade aos repasses que envolvem transferências especiais para as prefeituras, expedientes estes firmados à época da gestão do ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep). O conselheiro argumenta em seu despacho que há muitas distorções entre os dados extraídos do Portal SC/Transferências e as respostas dos municípios ao questionário realizado pelo TCE/SC, e que, por conta disto, esta situação precisa ser normatizada. Na prática, o que o conselheiro quer é que seja dada uma solução definitiva para o impasse que envolve as chamadas transferências via pix do governo para as prefeituras. Quase R$ 1 bilhão ainda permanece na berlinda, com dinheiro parado no governo e obras paradas nos municípios.